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Acusados de estarem ligados às milícias do Rio de Janeiro, ambos construíram carreira na política fluminense
Presos neste domingo (24), pela Polícia Federal, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão, são acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.
Chiquinho Brazão era vereador do Rio de Janeiro na mesma legislatura que Marielle Franco. Foi eleito para o cargo em 2016 para o sexto mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Em 2022, se elegeu deputado federal pelo Avante e se licenciou do cargo, em dezembro de 2023, para assumir o posto de secretário de Ação Comunitária do Rio de Janeiro, no governo do atual prefeito Eduardo Paes (PSD). O período à frente da pasta foi curto, em fevereiro de 2024, Chiquinho Brazão foi afastado do cargo.
Domingos Brazão, assim como o irmão, foi parlamentar eleito no Rio de Janeiro. Em 1996, venceu sua primeira eleição, para o cargo de vereador da capital fluminense. Fez sua carreira política na zona oeste da cidade, berço das milícias no estado.
Em 1998, se elegeu deputado estadual no Rio de Janeiro e só saiu do cargo após cinco mandatos, em 2015, quando foi eleito conselheiro do TCE. Em sua trajetória polícia, Domingos Brazão foi filiado ao PL, PTdoB e o MDB.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou as milícias do Rio de Janeiro, instalada na Câmara Municipal carioca sob comando do então vereador Marcelo Freixo (Psol), acusava Domingos Brazão de ser miliciano e atuar com o grupo em diversos crimes no estado.
Em 2011, Domingos Brazão chegou a ter o mandato cassado, por acusação de compra de votos nas eleições de 2010, mas ele teve o cargo devolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
