Planalto vê triunfo de Kamala Harris como resposta à direita internacional
Em conversas com aliados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou apoio à candidata do Partido Democrata, Kamala Harris, na disputa contra Donald Trump pela sucessão na Casa Branca. “Deus queira que a Kamala ganhe as eleições nos EUA”, afirmou o presidente, em recente reunião com lideranças governistas da Câmara.
Em meio à expectativa do debate nesta terça-feira (20), entre a vice-presidente americana e Trump, a torcida do Palácio do Planalto está voltada para o desempenho de Kamala. A eventual eleição dela significaria para o governo brasileiro uma resposta à direita internacional. No caso do Brasil, os governistas atribuem esse papel ao bolsonarismo.
Integrantes do governo também manifestam entusiasmo com a associação de Kamala a pautas do campo progressista, pela possibilidade de se tornar a primeira mulher presidente dos Estados Unidos, e também negra.
A disputa de narrativas para as eleições de 2026 está em jogo.
Ainda que o discurso oficial de que o Brasil vai manter as relações com os Estados Unidos, qualquer que seja o eleito, de acordo com interlocutores de Lula, uma eventual vitória de Trump daria gás aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo inelegível. Este cenário ampliaria a dificuldade para o governo nas próximas eleições presidenciais.