Saúde de Goiânia cria guia detalhado para a gestão dos impactos da baixa umidade do ar na vida das pessoas
Documento possui seis subtítulos, aborda impacto em populações vulneráveis e inclui recomendações baseadas em evidências científicas
É sabido que baixa umidade do ar (UR) igual ou abaixo de 30% afeta os sistemas respiratórios e a saúde tegumentar – sistema de revestimento externo do corpo humano – contribuindo para o aumento de episódios de condições respiratórias exacerbadas, ou seja, dos diversos tipos de alergias respiratórias. Diante da situação atual, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), criou um guia detalhado para a gestão do impacto na vida das pessoas para que possam se manter saudáveis quando o ar estiver seco. É possível acessá-lo aqui: https://saude.goiania.go.gov.br/wp-content/uploads/sites/3/2024/08/Orientacao.pdf
O documento, que traz seis subtítulos, foi publicado no site da prefeitura e enviado às unidades de saúde. Ele aborda o impacto em populações vulneráveis e inclui recomendações baseadas em evidências científicas. Conforme o guia, a baixa umidade do ar, comum em certas regiões durante o ano, pode causar desconforto e agravar problemas respiratórios, especialmente para gestantes, idosos, crianças e pessoas com doenças respiratórias. Seguem os subtítulos destacados no guia:
1. Por que a baixa umidade do ar é um problema?
* Segurança nas vias respiratórias: A baixa umidade reduz a capacidade de captura de partículas no ar pelas mucosas respiratórias, resultando em inflamação e eficiência. Isso pode agravar condições como sinusite e rinite alérgica.
* Aumento do risco de infecção: Ambientes secos favorecem a controle de vírus, como os que causam resfriados e gripes. As membranas secas são menos eficazes na proteção contra patógenos.
* Impactos no sono: O ar seco pode contribuir para o ronco e apneia do sono, devido ao ressecamento das peles na garganta. Isso afeta a qualidade do sono e a saúde geral.
* Efeitos na pele e olhos: A pele pode rachar e coçar, enquanto a evaporação lacrimal pode resultar em olhos vermelhos e irritados.
2. Dicas práticas para todos
* Manter a Hidratação:
Água é essencial: Beba pequenos goles de água ao longo do dia em vez de grandes quantidades de uma só vez. Isso ajuda na hidratação contínua sem sobrecarregar os enxágues.
Alimentos Ricos em Água: Inclua frutas e vegetais como melancia, laranja, pepino e aipo em sua dieta para ajudar na hidratação.
* Uso de Umidificadores:
Configuração correta: Posicione umidificadores centralmente nos quartos e áreas de estar. Limite o uso em espaços úmidos e úmidos para evitar o crescimento de mofo.
Limpeza regular: Desmonte o umidificador regularmente para limpá-lo com vinagre branco e água destilada para prevenir a infecção bacteriana.
* Ventilação Domiciliar:
Trocas de ar: Aproveite as horas mais quentes do dia para abrir janelas e portas, permitindo que o ar externo entre e dilua as impurezas internas. o Plantas de Interior: Algumas plantas, como a Palmeira Areca e o Lírio-da-paz, podem ajudar a aumentar a umidade do ar naturalmente.
3. Cuidados específicos do grupo
Gestantes
* Hidratação adicional: Além da água, sopas e caldos leves podem ser formas úteis de garantir a ingestão de líquidos. Suplementos orais de eletrólitos são recomendados caso haja suspeita de desidratação.
* Consulte seu médico: Sempre converse com seu médico sobre quaisquer preocupações com a saúde durante períodos de baixa umidade.
* Atividades seguras:
Evite ambientes exageradamente secos. Exercícios suaves de ioga ou alongamentos podem ajudar no controle de alergias sem estresse físico significativo.
Idosos
* Monitoramento da saúde:
Verificação regular: Peça aos cuidadores ou familiares para ajudar a monitorar a ingestão de líquidos e a vesícula urinária para sinais de insuficiência de hidratação.
Consultas médicas frequentes: Agenda de visitas regulares a médicos para revisões de saúde ampliadas, especialmente em climas frios ou secos.
* Hidratação da pele:
Produtos suaves: Use loções hipoalergênicas para prevenir problemas cutâneos e garantir que a pele não rache.
Crianças
* Rotina de hidratação:
Estímulo Escolar: Estimule as crianças a beberem água em intervalos regulares, usando copos e garrafas personalizadas para incentivá-las.
* Reconhecimento de sintomas:
Educação sobre saúde: Ensine as crianças e os responsáveis pelos cuidados sobre sintomas de desidratação e problemas respiratórios e quando procurar ajuda.
Atividades internas: Durante períodos de baixa umidade, favoreça atividades internas para minimizar a exposição ao ar seco contínuo.
Pessoas com doenças respiratórias
* Manutenção de adesão ao tratamento:
Revisões Médicas Regulares: Programe consultas frequentes com pneumologistas ou médicos de confiança para ajustar planos de tratamento conforme necessário, especialmente durante períodos de ar seco.
* Uso correto de dispositivos médicos: Certifique-se de que inaladores e nebulizadores sejam usados corretamente, seguindo as instruções de uso e manutenção para eficácia máxima.
* Educação do paciente:
Como reconhecer uma crise respiratória: Informe sobre sinais de alerta, como aumento do chiado no peito, e a importância de ter um plano de ação de crise. Exercícios Respiratórios: Práticas de incentivo que fortalecem o sistema respiratório, como respiração diafragmática e exercícios pulmonares leves, após consulta com profissionais de saúde.
4. Dicas adicionais para melhorar o conforto
• Uso de soro fisiológico:
Higiene Nasal Frequente: Utilize soro fisiológico para lavagem nasal, prevenindo o acúmulo de partículas e aliviando a segurança. Isso é especialmente importante para crianças e idosos.
* Roupas e roupa de cama:
Escolhas de Tecido: Prefira o uso de materiais naturais como algodão para potencializar a respiração da pele. Troque a roupa de cama regularmente para minimizar ácaros e alérgenos
* Evite Fumantes e Produtos Químicos:
Qualidade do ar interior: Instale filtros de ar se possível e minimize o uso de produtos de limpeza fortemente perfumados que podem irritar as vias respiratórias.
5. Quando procurar ajuda médica
* Sintomas respiratórios agravados: Procure assistência profissional se sintomas como falta de ar persistirem ou aumentarem em intensidade, apesar das medidas preventivas.
* Desidratação severa: A presença de sinais de desidratação contínua, como fraqueza extrema ou baixa produção de urina, deve ser avaliada por um médico.
* Presença de infecções respiratórias: Febre ou sintomas de infecção respiratória recorrentes de avaliação médica imediata para evitar que evoluam para condições mais graves, como pneumonia.
6. Conclusão e Recursos
A adaptação a ambientes com baixa umidade exige atenção e algumas mudanças nas rotinas diárias, mas é um esforço que vale a pena pela melhoria no conforto e na saúde geral. Continuar educando-se e buscando informações em fontes confiáveis, como profissionais de saúde, é uma das melhores formas de garantir a aplicação correta dessas medidas.
Caso precise de mais informações, não hesite em entrar em contato com seu médico ou consultar recursos oferecidos em centros de saúde locais, próximo a sua casa e se piorar do quadro unidades de pronto atendimento.
Referências:
– Estudo sobre os Efeitos da Umidade no Sistema Respiratório, Journal of Respiratory Medicine, 2020].
– Efeito da Umidade nas Vias Aéreas, Annual Review of Physiology, 2019].
– Vulnerabilidades Respiratórias em Populações Específicas,
Pediatric Respiratory Reviews, 2021].
– Diretrizes para Manutenção de Umidificadores, American Journal of Infection
Control, 2018].
– Indoor Air Quality Management, Environmental Health Perspectives, 2020].
– Soluções Salinas na Hidratação Nasal, Journal of Otolaryngology, 2019].
– Procedimentos e Cuidados Dermatológicos, Clínicas Dermatológicas, 2020].
– Estratégias de Hidratação na Gravidez, Obstetrícia e Ginecologia, 2021].
– Elderly Care in Low Humidity, Geriatrics & Gerontology International, 2022].
– : Pediatric Responses to Low Humidity, The Lancet Child & Adolescent Health, 2020].
– Inhaler Management in Dry Climates, Chest Journal, 2021].
– Patient Education on Respiratory Health, American Thoracic Society, 2022].