TURISMO ✈️ Casal mais jovem a visitar todos os países é brasileiro e bate recorde
O sonho de visitar todos os países do mundo acaba de ser conquistado por dois brasileiros. Rafael Diedrich, de 31 anos, e Lídia Diedrich, de 30, bateram inclusive o recorde de casal mais jovem a visitar todas as nações do mundo.
Agora a dupla está atrás da marca no Guinness, o Livro dos Recordes, para oficializar a conquista. Os dois enviaram a documentação das visitas a 215 países, sendo 193 deles membros da Organização das Nações Unidas (ONU) e 22 que não são.
E pensa que eles são ricos? Nada disso! No início, Rafael e Lídia conseguiram viajar com dinheiro dos empregos que tinham, depois, com a visibilidade que conquistaram nas redes sociais, foram conseguindo patrocinadores e tudo aconteceu mais rápido que o esperado
O início da jornada
Eles começaram a viajar há 10 anos, logo após o casamento, e não imaginavam que bateriam o recorde tão cedo, aos 30 anos de idade.
O plano só ganhou força após a primeira aventura internacional, no Chile. Segundo Rafael, a viagem foi para com recursos “guardados do salário mínimo” que recebia na época, junto com as economias de Lídia, que estava terminando o curso de enfermagem.
Agora, eles têm todo um planejamento nas viagens e se tornaram criadores de conteúdo para construírem mais uma renda. “Tínhamos a proposta de viajar até o resto da vida por 100 países”, lembrou.
A primeira jornada não teve apoio. “Nossa primeira viagem foi aproveitando uma promoção que resolvemos encarar”, disse.
Como conseguiram
Depois de conhecer seis países, em 2014, o casal estabeleceu um novo plano de pisar em 50 países antes de completar os 30 anos de idade.
“Fomos garantindo as passagens e conhecemos mais países. Depois, algumas empresas vieram nos sondar e conseguimos ampliar a nossa meta”, contou.
Neste período, surgiu a ideia de criar uma rede social para compartilhar as experiências. Atualmente, a família tem 1 milhão de seguidores no Instagram, cria conteúdo no TikTok e em um blog.
A pandemia e a primeira filha
Durante a pandemia, o casal precisou fazer uma pausa em meio às planilhas e estudos sobre vistos.
“As passagens para as próximas viagens estavam compradas para 2020 e a ideia seria terminar em 8 anos e meio. Mas precisamos ficar estacionados por causa da pandemia e neste período nasceu a nossa filha”.
Por conta disso, eles tiveram uma companhia especial para completar os últimos trechos.
“Foi muito bom podermos terminar todos os países com a nossa filha. Com 1 ano e 11 meses, ela já visitou 16 países. Com ela, tudo isso ficou ainda mais divertido”, comemoraram.
Lembranças especiais
Nesses anos de viagens, Rafael explicou que o casal conheceu muitos lugares especiais e até mesmo precisou enfrentar muitas barreiras para conseguir visitar países em conflito.
Ele lembra também que foi necessário driblar imprevistos como uma mordida de canguru, que ocorreu na Papua-Nova Guiné, e causou ferimentos leves.
Entre as lembranças mais especiais e marcantes, que Rafael considera um “livramento”, aconteceu em 2019.
Oito horas antes do voo, eles precisaram trocar as passagens. E o avião onde deveriam ter embarcado caiu. “Foi muito assustador, minha mão até tremia depois que recebemos a notícia”.
O acidente aconteceu entre a Etiópia e o Quênia, em 2019, deixando mais de 150 mortos. Felizmente, eles não embarcaram.
Guinness Book
Segundo Rafael, o processo de validação do recorde teve início no último dia 28 de agosto. O Guinness vai analisar a jornada do casal com o número de 196 nações: os 193 da ONU e mais 3 que o Guinness reconhece (Kosovo, Taiwan e Palestina).
Para a inscrição, são necessários três tipos de verificação: um documento de comprovação preenchido por uma pessoa que nasceu em cada país visitado, carimbo no passaporte e fotos.
“Desde que começamos, fomos coletando as assinaturas. Sempre preservamos os nossos passaportes e registramos com imagens todas as nossas viagens”, explicou.
De acordo com Rafael, além do titulo de casal mais jovem a visitar todos os países, Lídia também pode ser a primeira brasileira a visitar todos os países. “Não existe mais a possibilidade de alguém bater o recorde. Também estamos fazendo aplicações que serão validadas por mais de uma instituição”