Twitter quer impedir compra de Elon Musk, bilionário diz ter plano B
Empresa votou por um mecanismo financeiro conhecido como “poison pill”;
Bilionário afirmou ter um plano B, mas não deu detalhes;
Elon Musk quer que a rede social tenha foco na liberdade de expressão.
Nesta sexta-feira, 15, o Conselho de Administração do Twitter decidiu adotar, de forma unânime, um mecanismo acionário que protege os acionistas minoritários de aquisições hostis da empresa. A adoção veio como uma resposta direta à proposta do diretor executivo da Tesla, Elon Musk, de comprar a empresa por US$ 41 bilhões e transformá-la em uma companhia de capital fechado.
Esse mecanismo, conhecido como “poison pill” no mundo financeiro, estará em vigor até 14 de abril de 2023. A ideia é adiar e dificultar tanto a compra da empresa por Musk que ele perca o interesse.
Formalmente conhecido como “plano de direitos dos acionistas de duração limitada”, a medida visa dificultar que qualquer entidade, pessoa ou grupo consiga o controle da empresa sem pagar a todos os acionistas um prêmio ou sem fornecer ao Conselho tempo suficiente para analisar a situação.
Musk tem plano B
Durante uma entrevista em um evento TED realizado nesta quinta-feira, 14 de abril, o CEO da SpaceX Elon Musk afirmou ter um plano B para caso a sua oferta de compra do Twitter não dê certo, no entanto, se recusou a entrar em detalhes.
Musk afirmou que seu objetivo com a empresa não é “fazer dinheiro”, mas sim garantir ferramentas de liberdade de expressão no mundo. Há um tempo o bilionário vem questionando seus seguidores se eles acham que a plataforma segue esses princípios.
Que Musk fosse tentar alterar as políticas de moderação de conteúdo quando estava para entrar no Conselho da empresa era, inclusive, uma das maiores preocupações dos funcionários da rede social.