Notícias

BRASIL 🇧🇷 Americanas encerram serviço de televendas após rombo de bilhões

  • Americanas afirmou que está encerrando contrato com empresas terceirizadas;
  • Credores pedem responsabilização do trio de sócios da 3G Capital;
  • Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles comandara a empresa por 40 anos.

Sem grandes, ou qualquer anúncio, a Americanas encerrou seu serviço de televendas, em que consumidores podiam realizar a compra de produtos por telefone. Ao ligar para o antigo número da varejista a seguinte gravação é tocada: “Prezado cliente, nosso serviço de televendas foi encerrado. Você pode aproveitar as nossas ofertas no nosso aplicativo ou site. Obrigada”.

A finalização do serviço veio em meio a uma série de suspensão de contratos com fornecedores terceirizados. A varejista, que até dezembro do ano passado despontava como uma das maiores do Brasil, se vê em um processo de recuperação judicial após o descobrimento de passivos de R$ 43 bilhões.

“A Americanas atua nesse momento na condução de seu processo de recuperação judicial, cujo um dos objetivos é garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia. O plano de recuperação definirá quais serão as ações da empresa para os próximos meses e será amplamente divulgado assim que for finalizado”, disse a Americanas em nota oficial.

Como ficam os trabalhadores da Americanas

Se em nota a empresa afirmou que trabalha para a continuidade do pagamento dos salários de seus funcionários, o encerramento de setores e de contratos com terceirizados aponta para um caminho diferente.

Pela lei, a empresa que está em recuperação judicial pode realizar demissões à vontade. Muitas vezes a manobra é tida como fundamental, uma vez que reduzir custos é um processo necessário para reduzir custos de operação.

No entanto, o funcionário deve ficar atento. Ainda que a empresa se encontre em momentos difíceis, o pagamento das verbas rescisórias ainda é uma obrigação trabalhista e deve acontecer dentro do prazo estipulado pela lei de dez dias. Se isso não ocorrer, o trabalhador deve procurar a Justiça.

Na última segunda-feira (31), lideranças da Força Sindical se reuniram com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, para pedir que o governo acompanhe o processo de recuperação judicial da empresa e cuide para que os 44 mil trabalhadores da Americanas não sejam esquecidos nem lesados.

Credores pedem responsabilização de trio de sócios

Os credores da Americanas, em especial grandes bancos brasileiros e internacionais, pedem a responsabilização do trio de sócios da 3G Capital, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Os três comandaram a empresa por 40 anos e, segundo analistas financeiros, não tem como alegar não saber do rombo na empresa.

Mais suspeitas ainda caíram em cima dos investidores após uma nota da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) alertar sobre um possível rombo de R$ 30 bilhões na Ambev, gigante do setor de bebidas que também é gerida pelos três.

 

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo