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É possível atrasar envelhecimento das células, descobrem cientistas

Viva mais! Pesquisadores publicaram um artigo com uma descoberta incrível: eles conseguiram “atrasar” o envelhecimento das células. A descoberta pode ser a chave para retardar o envelhecimento humano e fazer com que vivamos mais tempo.

Usando técnicas da biologia sintética, cientistas da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), os pesquisadores descobriram uma nova forma do processo de envelhecimento das células.

Assim, eles conseguiram impedir que as células atinjam seus níveis normais de deterioração associados ao envelhecimento, tendo uma longevidade maior!
Células mais longevas

As células, incluindo aquelas de leveduras, plantas, animais e humanos, contêm circuitos reguladores responsáveis por diversas funções fisiológicas, incluindo o envelhecimento.

O grupo de pesquisadores descobriu que, quando controlados por um circuito central, as células não envelhecem da mesma maneira. E foi aí que mora a grande descoberta!

Ao alternar uma célula de um mecanismo de envelhecimento para outro, os pesquisadores conseguiram criar um “processo de envelhecimento inteligente”.

Voltados para um “circuito” que controla o envelhecimento celular, e que funciona como um interruptor das células, os pesquisadores projetaram feedbacks negativos para interromper o processo de envelhecimento.

Ao alterar esse circuito, ele passa a funcionar de maneira a alternar a célula entre dois estados “envelhecidos”, mas evitando o compromisso prolongado com qualquer um dos dois. Assim, a célula tem sua degeneração retardada!

“Esses avanços resultaram em uma expectativa de vida celular dramaticamente estendida, estabelecendo um novo recorde para a extensão da vida por meio de intervenções genéticas e químicas”, disse a Universidade de San Diego em comunicado oficial.

Células de levedura

O time que trabalhou na pesquisa desenvolveu todo esse circuito usando células da levedura Saccharomyces cerevisia, usada na produção de pão e cerveja, como um modelo para o envelhecimento das células do corpo humano.

Os pesquisadores da Universidade, empregando uma metodologia para rastrear o processo de envelhecimento ao longo da vida útil das células, conseguiram ótimos resultados!

As células de levedura que foram envelhecidas usando o método de “envelhecimento inteligente”, tiveram 82% de vida útil a mais do que as que não passaram pelo processo.

Com isso os cientistas da Universidade de San Diego detém um novo recorde: a maior extensão da vida de uma célula através de intervenções genéticas e químicas.

“Nossas células osciladoras vivem mais do que qualquer uma das cepas de vida mais longa previamente identificadas por telas genéticas imparciais”, disse Nan Hao, professor do Departamento de Biologia Molecular da Escola de Ciências Biológicas da UC San Diego.

Para Nan Hao, o artigo publicado na revista Science é uma prova de que reprogramação do processo de envelhecimento celular pode ser sim possível.

Os pesquisadores agora estão focados em expandir a pesquisa para o envelhecimento de diversos outros tipos de células humanas, como células-tronco e neurônios.

Ao prolongar a vida de células em laboratório, os pesquisadores podem ter achado a resposta para entender melhor o envelhecimento humano. Foto: Reprodução/Freepik.
Ao prolongar a vida de células em laboratório, os pesquisadores podem ter achado a resposta para entender melhor o envelhecimento humano. Foto: Reprodução/Freepik.

Com informações de UC San Diego.

Redação GOYAZ

Redação: Telefone (62) 3093-8270

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